Dois dias após o
ex-prefeito de Juazeiro do Norte, Arnon Bezerra (PTB), ser alvo de
operação da Polícia Federal (PF) por suposto recebimento de propina na
forma de dinheiro e apartamentos, a defesa do político se manifestou
sobre o caso na manhã desta quinta-feira (9 de dezembro). Segundo o
advogado Waldir Xavier, o ex-prefeito foi surpreendido com o desenrolar
da operação e já planeja fazer sua defesa nos autos do processo.
"Ele
está sereno e provará sua inocência e, logicamente, a ausência de
qualquer ilicitude ou ilegalidade nos autos na conduta dele como
gestor", disse Xavier. O político é alvo da operação Fruto de Espinho 2,
que investiga fraude em licitação, lavagem de dinheiro e desvio de
dinheiro federal do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) em
Juazeiro do Norte.
A
defesa defende ainda que Bezerra está acompanhando o inquérito e que
pretende promover a impugnação da medida, "provando que em sua conduta
não há ilicitude". "Ele achou a medida intempestiva e não
contemporânea", completa o advogado, crítico à condução das
investigações.
Nesta
terça, três mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 16ª Vara
da Justiça Federal. Quinze policiais federais se dirigiram a domicílios
investigados em Fortaleza/CE e Jati/CE. Houve apreensão de mídias,
celulares e documentos.
De
acordo com o chefe da Delegacia de Combate ao Crime Organizado da PF no
Ceará, o delegado Alan Robson Alexandrino, a PF cumpriu três mandados
de busca e apreensão. Ele afirma que os endereços são de "propriedade de
um ex-prefeito de Juazeiro do Norte que está sendo investigado por
crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro".
A
PF já começou a averiguar o material apreendido para apurar as
suspeitas de destinação de propina para Arnon. A segunda fase da
operação apura ainda indícios de crimes de corrupção e lavagem de
dinheiro na compra de apartamentos no bairro Lagoa Seca, em Juazeiro do
Norte.
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